Responsáveis pelos modelos dos apresentadores, os figurinistas ganham a cena nas bancadas de telejornais. Por vezes, as roupas dos jornalistas acabam chamando mais a atenção do que a própria notícia, o que pode causar reclamações dos telespectadores. Certas emissoras possuem profissionais para escolher as roupas dos âncoras e dão ideias para não bagunçar o modelito. Outras, no entanto, preferem que os jornalistas tenham escolhas próprias, mas sem exagero.
Conforme Beto Zambonatto, coordenador de figurino da RBS TV, TV COM e Canal Rural a escolha do figurino do jornalista depende diversas variáveis como o programa que será exibido, posição do âncora, apresentador ou repórter. Segundo ele, o vestuário do jornalista precisa ser coerente e formal para não chamar mais atenção que a notícia. Algumas editorias de telejornais necessita de um desenho diferente em seu figurino. "Programas de telejornalismo, de cultura ou entretenimento são temas que exigem roupas mais adequadas com a ocasião, por exemplo eventos direcionados ao público jovem", afirma Zambonatto.
Em coberturas especiais o jornalista deve se adaptar ao ambiente de trabalho local. "Vestuário é um ritual, uma linguagem que se estabelece, a partir de diversas condições como horário, temperatura, segmento e protagonismo", completa o coordenador.
Para Ruth Alcantara, graduada em Artes Visuais pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) há espaço para cores mais variadas no figurino de um telejornal, saindo um pouco do tradicional usado pelos jornalistas. “Dá para ser um pouco menos formal, trabalhando com cores mais vivas e modernas”, salienta Ruth.
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